Megatubarão é entretenimento fácil e rápido

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Muitas divisões podem ser utilizadas para classificar filmes em Geral, sendo as clássicas conhecidas comédia, drama, ação, suspense, terror, etc. Mas também se pode classificar um filme no quanto ele se leva a sério. Um filme como a Lista de Schindler, por exemplo, é um filme que se leva muito a sério – e  com razão. Já um filme como os Mercenários, ainda que não seja um filme de comédia – ao menos não declaradamente – é um filme que não se leva nem um pouco a sério. E o que isso muda? De certa forma a leveza e os filtros que são necessários para julgar um filme desse. 

Seguindo a linha dos filmes catástrofes, bem como dos filmes sobre animais destruidores, Megatubarão não se leva, nem deve ser levado a sério. E bom parte da diversão dele reside nesse fato. No filme, que é uma das mais recentes parcerias cinematográficas entre China e Estados Unidos, depois da Grande Muralha, uma base de exploração oceanográfica no meio do mar da China encontra uma bolsa nas Fossas Marianas que dá passagem a uma nova profundida inexplorada dos Oceanos, que acaba dando de cara com o tal Megatubarão, ou tecnicamente, Megalodon, tipo um antecedente dinossauresco do tubarão e que estava extinto. Logicamente o Meg, apelido carinhoso do peixe grande, escapa e começa a tocar o terror, gerando algumas interessantes discussões do nível Jurassic Park – aceitar ou matar, além de discussões éticas e até geopolíticas. 

Pois bem, o enredo, melhor amarrado do que se esperava para um filme desse, conta com alguns recursos narrativos que deram certo nos filmes do gênero, como o antepassado distante, Tubarão, explorando o terror da caçada e o suspense de cada ataque. A cópia beira o descaramento em alguns momentos, como uma praia chinesa muito cheia de banhistas. Mas a exploração de um elenco misto oriental e ocidental dá uma personalidade própria ao filme, que além de contar com o astro Jason Stanton, tem ainda a cara conhecida do Masi Oka, de Heroes, bem como novos e interessantes interpretações dos astros orientais – em especial à atriz mirim do longa. 

Limitações à parte, o filme é bem divertido. Sustos, risadas, atuações razoáveis fazem da produção sino-americana um bom passatempo quando não se busca uma maior profundidade – sem trocadilhos. Típico momento pipoca.