Elseworlds mostra a maturidade da DC na TV

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Já virou quase tradição natalina: depois do dia de ação de graças, as séries da DC Warner são reunidas para um especial que reúne heróis e vilões em um crossover que se estende por toda a programação. Não é de se estranhar porque dá certo: foi justamente em Arrow que o Flash foi lançado, e neste que foram lançadas as Lendas do Amanhã. 

Na edição 2018, contudo, a fórmula mudou: ao invés de trazer um batalhão de heróis e cenas poluídas de personagens, o foco foi outro: usar poucos heróis e dar mais atenção à narrativa, introduzindo novos e interessantes personagens. Assim, as Lendas ficaram de fora, com algumas gentis menções e um breve participação especial não essencial, e o trio Flash, Arrow e Supergirl ganhou o reforço do primo famoso: Superman tem um grande papel no desenrolar da trama que introduz Batwoman, muito bem caracterizada por Ruby Rose, que vai ter seu próprio título em breve. Inclusive a introdução do Batverso nos mundos DC compartilhados foi um dos grandes momentos do crossover: Batman ainda não deu as caras e seu mistério só cresce: temos Robin em Titãs, um pequeno Bruce Wayne em Gotham e agora sua prima e Batwoman em Supergirl. Quem será e quando será visto Bruce Wayne em seu ápice?

Talvez a resposta esteja em Elseworlds mesmo. Ao seu final, já é anunciado o grande evento DC para 2019: Crise nas Infinitas Terras, o que os fãs já conhecem como uma saga tão importante para a Detective Comics quanto Guerra Infinita é para a Marvel. E para isso serão necessários todos os personagens: não à toa o Flash da Terra 90 pergunta para John Diggle onde está seu anel, revelando ele ser um Lanterna Verde em algum dos mundos.

E se as referências todas do Batverso, com uma bela passeada pelas celas de Arkhan, com a Corte das Corujas e o Pinguim com cela cativa, não for suficiente, existem ainda fantásticas homenagens à Smallville e a fazenda dos Kent com a clássica abertura: “Somebody saaaaaaaave me”, e o ator que viveu o Flash na década de 90 voltando a usar o manto escarlate, o que dá a esperança de uma ponta de Tom Wellington no futuro, já que voltou ao sucesso com Lúcifer.

Enfim, muitas referências e muita diversão garantem o crossover anual da DC, cada vez melhor, mais maduro, usando melhor seus personagens e com uma narrativa mais sólida, sem perder de vista o humor – jamais visto até então em Stephen Amell ou uma gravidade em Gustin Grant na troca de personalidades e poderes. Vale muito a pena, até para quem nunca viu nenhuma das séries.