Birdbox traz Sandra Bullock de volta ao topo e tem cheiro de Oscar

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Quando o ano de 2018 se encaminhava para um final tranquilo, sem grandes surpresas, eis que chegou às telas da Netflix, na última semana do ano, Birdbox. Terror ou suspense, o filme cativa a atenção do primeiro ao último minuto, e mostra todos elementos de quem será lembrado no próximo Oscar.

Na narrativa, uma invasão de seres faz com que todos que olhem para eles cometam suicídio. E uma mãe de duas crianças (Sandra Bullock) se vê no meio dessa crise, ilhada na casa de um desconhecido (John Malkovitch) com outras pessoas tentando entender o que se passa.

Impossível não lembrar de A Névoa, de Stephen King. Ou mesmo A Guerra dos Mundos de Hg Wells. E se as primeiras referências evocam o mestre do terror e o pai da ficção científica, já fica claro que o filme caminha bem acompanhado. Sandra Bullock lembra ao grande público aquela maravilhosa e encantadora atriz, versátil e franca, que consegue fazer filmes de todos os tipos sem demonstrar peso nenhum.

É sob o olhar dela (ou falta deste) que o expectador é conduzido pela narrativa, sendo que muitas vezes tudo que se vê são sombras por meio de uma venda na câmera. É um angústia em primeira pessoa. E o melhor de tudo é que tanto a atriz, como as duas crianças passaram por volta de 70% do filme vendadas. Gravaram passando por perrengues reais. É esse tipo de entrega que trouxe ao Leonardo DiCaprio seu tão sonhado Oscar.

Ainda que o gênero seja difícil de determinar, Birdbox é o tipo de filme que acaba falando sobre uma das coisas mais poderosas na humanidade: a determinação. E dificilmente poderia estar em melhores mãos que as de Sandra, que carrega o expectador no colo, tal qual as duas crianças. Birdbox, adaptado de um livro, desponta como um dos concorrentes ao Oscar 2019, como filme, roteiro adaptado, atriz, fotografia e edição de imagem. Fica acirrada a disputa com Nasce Uma Estrela, Vice e Roma. E o que é melhor para acabar 2018, o filme deixa claro que ninguém solta a mão, a pata, ou a asa de ninguém.