Segunda temporada de VOCÊ mantém pegada original

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Você se tornou uma série destacada ao trazer a visão de um psicopata apaixonado e envolvente, misturando elementos de uma série como Dexter com algo de série dramática teen. Essa mistura original fez bastante sucesso em sua temporada de estreia, a ponto do ator principal Penn Badgley, conhecido por sua atuação em Gossip Girl, mesmo sendo um cara totalmente atormentado, para dizer o mínimo, ter recebido centena de cartas de amor de jovens apaixonadas por seu personagem Joe.

O grande problema é que o debut contava com a incerteza do público e com o efeito surpresa, que temperavam a série e precisavam ser resgatados para uma continuidade, de forma que foram trabalhados elementos do passado obscuro de Joe, desmentidos pela nova temporada, com a adição de novos e interessantes personagens. Tudo para tentar manter o alto nível da primeira temporada, tendo essa fórmula alcançado diferentes graus de aceitação.

Assim, a saga do psicopata amoroso Joe ganha novos ares em um novo cenário muito mais propenso às maluquices de qualquer espécie: Los Angeles (pior somente se fosse Las Vegas), uma cidade onde todos se reinventam como personagens de um filme, o que vem a calhar para alguém fugindo das suas escolhas, como é o caso de Joe, agora determinado a não cometer os mesmos erros do passado, mas sendo convidado pelo destino à ficar revisitando essa decisão sempre que possível.

Para deixar a situação ainda mais interessante, o seriado deu um jeito de trazer a saudosa e real Beck de volta em flashes, até como uma forma de se contrapor à figura de Love Quinn, interpretada pela bela Victoria Pedretti, que muito lembra uma jovem Liv Tyler com seu rosto alongado e belos olhos claros.

Não à toa, a segunda temporada tem um “que” de Crime e Castigo, com Joe lidando com as consequências de suas escolhas e ações, tanto “em vidas passadas” como na sua recente e atual vida na cidade de todos os anjos; e lidando de uma forma totalmente inesperada, o que trará interessantes surpresas ao telespectador.

Se não é genial e não mais conta com o elemento surpresa, a segunda temporada consegue segurar o ritmo e a cadência da primeira, e entregar um final de temporada que serve tanto como fim de série como ponta para um terceiro ato, de maneira inteligente e perspicaz.