Dr. Seuss, famoso escritor infantil norte-americano, foi pai de diversas obras que até hoje ilustram a infância norte-americana, mas dentre todas suas criações, talvez a mais famosa seja justamente a criatura verde, peluda, rancorosa e barriguda conhecida como Grinch, oriunda de seu livro “Como o Grinch roubou o Natal”.
Na obra, e em todas as suas adaptações, o Grinch é quase o anti Papai-Noel, e seus planos sempre incluem uma forma de frustrar o natal alheio, algo parecido com o Coyote com o Papa-léguas.
Assim, nessa nova adaptação em animação feita pela Illumination, o roteiro se segue à risca, agora com um desenho que lembra muito as técnicas já empregadas pelo estúdio para a confecção dos divertidos minions e dos adoráveis animais de Pets, dando uma familiaridade à uma nova geração que está tendo contato com o vilão esverdeado pela primeira vez, já que a última adaptação foi protagonizada por Jim Carrey quase vinte anos atrás.
Curioso notar que quem “protagoniza” a animação na dublagem do personagem título é Benedict Cumberbatch, aspirante constante à Oscars e Globos de Ouro, e que já atuou como dublador no spin-off dos Pinguins de Madagascar e de forma mais notória como o Dragão Smaug, em O Hobbit.
O longa é absolutamente previsível, mas de forma alguma isso entra no caminho da diversão. Se o expectador adulto encara a animação sem maiores pretensões narrativas, a beleza gráfica do desenho e o carisma dos dubladores consegue realizar o truque e gerar a sensação natalina e de infância em quem está assistindo, e isso é o que conta.
Assim, The Grinch é leve, descontraído e divertido, servindo de diversão para a família e um gostoso passatempo.