Quebra Nozes e os Quatro Reinos adapta ballet para uma deliciosa fábula de princesa

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O Quebra Nozes e o Rei dos Camundongos é um romance natalino escrito há mais de 200 anos, no qual Alexandre Dumas pai se inspirou para escrever seu livro homônimo e que por fim se transformou no terceiro e último ballet criado pelo mítico compositor russo Tchaikovsky, e que nos tempos atuais é tido como a composição definitiva da obra, sendo reencenado todo natal por conta da sua temática natalina, baseando inclusive diversos itens de decoração.  

Desse breve histórico fica claro que é grande a sombra que a obra projeta sobre todas suas adaptações e criações derivadas, incluindo O Quebra Nozes e os Quatro Reinos, longa natalino da Disney que traz McKenzie Foy, a conhecida Renesmee da saga teen Crepúsculo, estrelando seu primeiro papel, contando com um belo elenco de apoio que inclui Morgan Freeman, Helen Mirren e uma quase irreconhecível Keira Knightley.

No filme, a jovem e excêntrica Clara ganha um presente que a leva aos quatro reinos mágicos, nos quais ela descobre mais sobre a história de sua mãe e sobre sí mesma. Cada reino, ludicamente caracterizado, traz uma temática própria, assim como seu próprio governante: o reino dos flocos de gelo, o reino dos doces, o reino das flores e o reino da diversão, ou quarto reino, que estaria em guerra com os demais.  

Um dos pontos mais positivos do longa é que ele traz toda sua trilha inspirada no ballet, e tem como efeito colateral gerar curiosidade sobre a obra original, fazendo com que  alguns expectadores mais curiosos corram atrás para aprender um pouco mais sobre um clássico que transcendeu mídias, gerações e séculos.

Para quem não sentiu essa curiosidade, vai ver um belo tratamento visual sem ser opressivo, um enredo fechado, ainda que superficial, e atuações interessantes, ainda que o elenco de apoio seja sênior o suficiente para dispensar apresentações, é interessante ver a jovem McKenzie surgindo como uma competente atriz, que segura bem seu papel, ainda que não tenha grande carga dramática, e sem dúvida deverá ser escalada para papéis mais interessantes a partir de agora. 

É um filme Disney do começo ao final, com direito a princesas, magia, vilões e descobertas. E isso é bom, pois o filme tem uma proposta clara e um público definido. E a magia Disney faz falta nas telas, mesmo que não tenha mais o poder de surpreender, pois quando é bem executado, consegue encantar. E o que mais se espera de um filme natalino?