A Grande Escolha supreende como filme de bastidor com ritmo de ação

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Alguns filmes são extremamente chamativos e prendem seu público logo no trailer, pelo nome ou pela sinopse. Não é o caso de A Grande Escolha, filme de 2014, protagonizado por Kevin Costner e que versa sobre os bastidores do mundo do futebol americano. Ou pelo menos esse é o tema central do longa, que conta com um bom elenco, com Chadwick Boseman, Jennifer Gardner, entre outros nomes e rostos conhecidos em papeis menores. 

Um time de futebol americano tradicional faz uma temporada bem abaixo do esperado, o que põe a comissão técnica em risco, até sua última chance, que é o dia do Draft. Estranho aos brasileiros, o Draft é um rito de passagem no mundo dos esportes, no qual atletas amadores, vindo das universidades, tem a chance de serem escolhidos pelas equipes profissionais, seja de basquete, hockey e nesse caso, futebol americano.

As equipes que vão pior nos anos anteriores tem a chance de se reforçar primeiro, para tentar equilibrar o jogo e a competitividade, e o filme se foca no dia do Draft, quando o gerente esportivo, filho de uma lenda local, tem a chance de montar o time para a última temporada. 

Sem trocadilhos, dificilmente esse longa seria uma primeira escolha no draft do catálogo de filmes. E como a vida imita a arte e vice-versa, é justamente nesse jogo de aparências que reside tanto o enredo do filme quanto a validade do mesmo.

Se trata de um filme extremamente cativante, com um enredo que transcende a obviedade da sua narrativa e conversa diretamente com as escolhas de cada um do público, demonstrando que certas batalhas, por mais perdidas que estejam, precisam ser travadas até o final, e que muitas vezes a queda é importante para a reconstrução.

E tudo que podia soar como um belo e pacato filme de auto ajuda corporativo, consegue ter um ritmo de filme de ação, e uma clareza de acontecimentos, tudo graças à uma belíssima direção. Vale a pena.