Os Irmãos Willoughby mostra força da Netflix na animação

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Os Irmão Willoughby, a nova animação da Netflix é baseada em livro homônimo escrito por Lewis Lowry, e conta a história de quatro irmãos negligenciados pelos pais e que bolam um plano para ficarem sozinhos.  

Impossível não lembrar de alguma forma de Esqueceram de Mim vendo o filme, que acaba se desvinculando rapidamente de um filme infantile conversa muito mais com o público adulto. Diferente da metodologia Pixar, feita em camadas, ou da Disney, extremamente lúdica, a animação usa metáforas para contar uma história complicada e menos fantasiosa do que se imagina, que é a alienação paternal.  

Tecnicamente, a animação consegue ser extremamente interessante com uma combinação de metodologias que lembra desde efeitos de computação à utilização de materiais do dia a dia, como Lã, por exemplo. Obviamente toda textura feita em computador, mas a capacidade de uma animação fugir dos padrões e se reinventar graficamente é tão importante como uma direção de fotografia. 

De forma interessante, a animação se vale de um animador, no caso um gato dublado por Rick Gervais, que no fim mais lembra um Gato de Chesire, se envolvendo na própria história que deveria somente observar e narrar. Maya Rudolph, Will Forte, Terry Crews  e Martin Short mostram que a Netflix investiu pesado naquela que deve ser uma das suas melhores animações. 

Os Irmãos Willoughby não é necessariamente uma história feliz, e talvez nessa ausência de uma jornada feliz esteja justamente a maturidade que a história demonstra, mostrando que por mais que seja uma animação, é mais real que muito filme e digna de ser vista.