Polícia cita erros do Cidade Alerta, que acusou homem errado de assassinato; inquérito é aberto

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A Polícia Civil de São Paulo decidiu abrir uma apuração contra profissionais do programa Cidade Alerta, da Record TV. Nesta semana, o telejornal comandado por Luiz Bacci anunciou Alécio Ferreira Dias, de 41 anos de idade, como o responsável pela morte de Priscila. O noticioso tem dado com destaque o caso e mostrou uma foto borrada de Alécio, sem divulgar o seu nome.

O apresentador Luiz Bacci chegou a dizer que a equipe de repórteres da emissora tinha quase 100% de certeza, pela apuração da emissora, que seria o homem o responsável pela morte de Priscila. Ao que parece, moradores da comunidade onde o homem residia, na grande São Paulo, acabaram se unindo e matando o acusado. 

Polícia diz que alertou jornalistas sobre erro em abordagem

Agora, segundo a polícia, não há qualquer evidência de que o homem assassinado seja o responsável pela morte da mulher. A polícia, como mostra uma matéria do site da Folha de São Paulo, diz que a apuração do jornalismo da Record cometeu diversos erros ao exibir o caso. 

A Record se valeu de uma informação de que dois dias antes de desaparecer, Priscila teria pego uma carona com Alécio e chegou a relacionar o nome dele a outros dois assassinatos. Segundo a polícia, não há qualquer relação entre os crimes. O canal usou a expressão “serial killer” para se referir ao acusado. 

Um policial disse a Folha, inclusive, que o órgão alertou os jornalistas da Record que não existia qualquer prova de que o homem era suspeito. Além disso, a polícia lembrou que o corpo achado estava carbonizado e que, por isso, não há a certeza de que o cadáver era mesmo o de Priscila.