Diretor da Globo nega acusações de assédio e diz ter caído em ’emboscada sensacionalista’

PUBLICIDADE

Edison Castro, ex-diretor de jornalismo da Globo, está sendo acusado de assédio pela jornalista Ellen Ferreira, que trabalha na Rede Amazônica, afiliada da emissora em Roraima. Após ser alvo do que ele descreve como “linchamento público”, enviou uma nota para a coluna de Leo Dias, no Metrópoles, negando com veemência todas as acusações das quais é alvo.

Edison Castro nega acusações

No texto, o ex-diretor fala em “criminosa campanha difamatória desencadeada por Ellen Ferreira”, a jornalista que lhe acusa. Edison Castro recorda os seus 30 anos de trabalhos prestados para o jornalismo brasileiro, cujo respeito conquistado lhe permitiu uma oportunidade na maior emissora de televisão do país, a Globo.

Em um ponto de sua nota, Edison faz alusão ao caso “Escola Base”, “onde inocentes tiveram a vida dilacerada pela cobertura precipitada e parcial de um jornalismo de emboscada e sensacionalista”, evento este que teve o “dissabor de acompanhar” e, por ironia, hoje a história se repete de maneira análoga consigo mesmo.

O diretor afirma categoricamente que tem ao seu lado todos os colegas com os quais trabalhou ao longo destas três décadas, testemunhas fiéis de sua honestidade e respeito, marcas da maneira pela qual sempre conduziu os seus trabalhos.

“Testemunhos de colegas a respeito de minha honestidade não faltam e têm sido de extrema importância, pois me confortam nesse verdadeiro linchamento a que estou sendo submetido”, destaca.

Edison critica ainda a maneira como boa parte da imprensa do país cobriu o caso. “Tivessem os sites e portais de notícias que replicam matéria produzida de forma unilateral algum senso ético e de que estão sujeitos a reparar os danos, teriam tido a preocupação de respeitar a primeira regra do jornalismo: escutar o outro lado. Mas não! Na competição da atenção do público transformam em entretenimento o linchamento moral, como algo divertido a ser consumido”, pondera.

Sobre Ellen Ferreira, chega a citá-la expressamente na nota. “Seu comportamento era notório em toda a redação. Não fui o único colega a sofrer suas ameaças e a ida à bancada do ‘Jornal Nacional’, no ano passado, potencializou sua arrogância e agressividade, que culminaram, recentemente, em sua demissão”, afirma.

Crente de que a verdade prevalecerá, Edison Castro afirma que buscará apoio na Justiça para a reparação formal de todos os ataques que vem sofrendo.

Ellen Ferreira e sua entrevista a Leo Dias

Procurada pelo colunista, Ellen Ferreira concedeu uma entrevista, na qual reafirma, sem titubear, todas as acusações que fez contra Edison Castro. “Vivi meses de inferno”, chega a afirmar em um dos trechos do diálogo.

De acordo com a jornalista, o seu sonho pessoal de retornar para a bancada do Jornal Nacional foi destruído pelos eventos recentes que envolvem o seu nome. Durante a comemoração dos 50 anos do telejornal, ela esteve no rodízio, representando o estado de Roraima.