Padre Robson é acusado de ter feito negócios milionários com políticos e tudo é escancarado

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O Fantástico deste último domingo (30) voltou a trazer uma série de acusações contra o padre Robson de Oliveira, do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade, Goiás. O religioso é suspeito de liderar uma organização criminosa que vinha movimentando milhões de reais, desviados das doações dos fiéis.

Agora os investigadores descobriram que o padre Robson também pode ter feito várias transações financeiras com políticos de Trindade, por isso estão analisando cada um dos documentos apreendidos, mas isto deve demorar porque são várias caixas repletas de possíveis provas.

Esses documentos mostram várias transações bancárias realizadas pela Afipe, além de compras e vendas de imóveis realizados pela entidade. Os investigadores acreditam que a associação fundada e presidida pelo sacerdote transferiu milhões de reais para uma tradicional família de políticos na cidade onde está a Basílica do Divino Pai Eterno.

Gleysson Cabriny, vice-prefeito de Trindade, teria recebido R$ 287 mil. Duas empresas do ex-prefeito receberam R$ 7,3 milhões, além de alguns familiares do político que também teriam sido beneficiados nestas transações.

Para os investigadores, a Afipe teve um prejuízo enorme nas negociações com o político e citou o exemplo da venda de uma fazenda que foi negociada com o pai do vice-prefeito. Depois de pouco tempo após a venda do imóvel rural, o mesmo foi revendido por um valor 4 vezes maior.

Após a quebra dos sigilos das Afipes, ficou comprovado que até o atual prefeito de Trindade recebeu repasses que chegam a quase R$ 4,5 milhões. Uma empresa do prefeito, Jânio Darrot, é suspeita de ter recebido cerca de R$ 9 milhões.

A assessoria do padre informou que ele não se envolveu com política e que a Afipe sempre realizou operações legais.