Acusada de assassinato do marido, deputada Flordelis sofre primeira punição da Justiça

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A Justiça do Rio de Janeiro determinou na tarde desta sexta-feira (18) que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) seja monitorada por tornozeleira eletrônica. Além disso, a parlamentar terá que respeitar o recolhimento domiciliar entre às 23h até às 6h.

A determinação foi imposta pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, que integra a 3ª Vara Criminal de Niterói.

Flordelis e seus filhos são réus no processo acerca da morte do seu marido, o pastor Anderson Carmo, que foi assassinado em sua residência em junho do ano passado. A parlamentar é acusada de ser a mandante do crime. Por ser deputada, ela tem imunidade e não pode ser presa.

Na determinação, a juíza solicita que a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) instale o aparelho de monitoramento em Flordelis o mais rápido possível. 

Medo de testemunha

A determinação da juíza foi impulsionada após uma testemunha do caso relatar medo. Identificada como Regiane Ramos, a testemunha teve uma bomba jogada em sua residência, e procurou as autoridades para prestar depoimento, temendo por sua integridade, sentindo-se ameaçada por Flordelis e um dos filhos da parlamentar, que está preso por envolvimento no crime de assassinato. 

De acordo com depoimento da testemunha, o ataque de bomba foi armado pela família de Flordelis funcionando como uma forma de intimidá-la. Regiane Ramos é dona da oficina que Lucas, autor do crime, trabalhava anteriormente. Ela teria visto uma mensagem mostrada por Lucas, enviada por Flordelis, fazendo uma proposta para tirar a vida do pastor Anderson Carmo.