Paula Fernandes abre o coração e fala sobre os desafios da carreira: ‘uma barreira atrás da outra e vencendo o preconceito’

PUBLICIDADE

No próximo domingo, dia 11/10, às 19h15, o programa “CNN Séries Originais”, comandado por Evaristo Costa, exibe o quarto e último episódio da série especial: “Sertanejo: A Trilha do Brasil”. O desfecho da série revela, através de histórias de quem fez e faz a diferença no meio, como as mulheres abriram caminho, ganharam espaço e transformaram o ritmo.

As artistas que lideram o topo das paradas de sucesso falam os sobre dilemas dos seres humanos: amores não correspondidos, sofrimento, traição e superações.

No último episódio da série, as cantoras Paula Fernandes, Nayara Azevedo e Thaeme, da dupla Thaeme e Thiago, abrem o jogo sobre os desafios do início das carreiras, os preconceitos enfrentados e do sucesso do gênero que movimenta milhões de reais e gera milhares de empregos em todo o Brasil.

“Eu sou menina, eu cheguei em um mercado que só tinha homem. Um sistema totalmente adaptado para homens. Fui enfrentando uma barreira atrás da outra. Uma única mulher, vencendo o preconceito, vencendo o desafio de ocupar um espaço que sempre tinha dupla de homens”, enfatiza Paula Fernandes, que relembrou algumas passagens no início da carreira que serviram para abrir caminho para as demais cantoras. “Os contratantes ficavam assustados, porque a gente pedia para colocar Linólio, tipo uma borracha para colocar no chão do palco para cobrir os buracos gigantes. Eu sempre usei salto fino. Como é que você dança ali?”, conta.

Paula Fernandes reforça ao comentar que anos atrás a música sertaneja era um sistema mais acostumado para o homem e mais prático para os contratantes. “As meninas hoje me falam: ‘poxa, Paula, você chegou e abriu espaço, uma clareira, porque não foi só musicalmente, foi pelo sistema, pela logística da coisa’. Mulheres são diferentes. Não é que eu estou dando de feminista, não feminista. Ou dizer que (as mulheres) são mais frágeis. Não é isso, é diferente. A gente é mulher, é isso! Acho que a frase é essa: ‘nós somos mulheres’, entendeu?”

Nayara Azevedo também falou dos desafios do início de carreira e analisou a importância da música sertaneja para o mercado do entretenimento: “E aí veio eu, desbocada e gordinha. Eu pesava mais de 30kg acima do peso, sem referência alguma – tanto em questão de moda, quanto corpo”, diz ao relembrar das primeiras aparições. “A música sertaneja se mantém sempre em alta, sempre tão forte, sempre adiante. Eu acredito que seja esse um dos motivos da gente movimentar tanto a economia em questão de mercado. Gerar tantos empregos e movimentar tanto como movimentamos. O sertanejo se abraça, ele abraça uns aos outros e ele abraça outros gêneros. Não só eu, mas grande mercado em geral existe muito isso de fazer feats (artista convidado em uma faixa) com outros estilos, uma maneira de estar sempre agradando a todos os públicos”, completa Nayara.

Thaeme, da dupla Thaeme e Thiago, destaca que o ritmo sempre fez parte de sua história. “O sertanejo para mim é o gênero onde eu me encontrei, onde eu me senti à vontade. Cantando onde eu encontrei a minha verdade. Onde eu me sinto bem, me sinto feliz no palco. É o ritmo que eu ouvi a minha vida inteira, eu trago dos meus avós, meu avô tinha uma dupla sertaneja. Então é toda a minha raiz, a minha história”, revela.