Isolado e longe dos amigos, Silvio Santos chora ao relembrar drama de sua vida

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Um dos maiores apresentadores da história da televisão brasileira é o consagrado Silvio Santos, que hoje é dono do SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) e briga no Ibope com as emissoras, TV Globo e RecordTV, pela primeira colocação durante os horários nobres.

Silvio está no ar todos os domingos pelo SBT, mas a emissora tem reprisado os últimos programas apresentados pelo empresário, pois ele está isolado e longe de seus melhores amigos por causa do isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus. Com 90 anos e, consequentemente, no grupo de risco, Silvio já chegou a declarar que só voltaria a gravar para a TV quando a vacina para a doença Covid-19 chegasse ao seu alcance.

Por mais que seja sempre ovacionado pelo público, Silvio Santos não quis ser apenas animador e empresário durante toda sua vida, por mais que já fosse respeitado pelos seus feitos.

Em meio ao isolamento social, foi revelada uma conversa de Silvio, em que ele relembra um drama que viveu durante sua vida, mesmo após já ter se tornado um milionário. O deputado federal Marcondes Gadelha escreveu o livro ‘Sonho sequestrado: Silvio Santos e a campanha presidencial de 1989’ e contou com um emocionante depoimento do apresentador.

Em carta ao deputado Marcondes, que na eleição de 1989 era seu vice-presidente, Silvio Santos relembrou o sonho de quase ter se tornado presidente da República Federativa do Brasil.

Considero que estava qualificado para exercer a presidência da República e tenho certeza de que a equipe que eu escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas deste país“, relatou, o dono do SBT.

Você, com seu talento de escritor e generosidade de amigo, me deixou por diversos momentos com lágrimas de saudade e emoção ao trazer de volta aqueles compromissos“, complementou.

Silvio tinha chances de ganhar às eleições

Ao menos era isso o que mostravam a maioria das pesquisas da época. O principal adversário de Silvio era Fernando Collor, que escalou Eduardo Cunha, hoje preso no âmbito da Operação Lava Jato, para investigar irregularidades em sua campanha presidencial.

A chapa eleitoral adversária, então, denunciou que o pequeno partido PMB (Partido Municipalista Brasileira) não tinha sedes o suficiente em estados brasileiros para ter um candidato à presidência da República. Silvio teve sua candidatura impugnada e nunca mais entrou para a política.