Exclusivo: demora de medidas internas no caso Melhem e Calabresa anteciparam em um ano a saída de Schroder

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Um dos nomes mais poderosos da TV Globo, o executivo Carlos Henrique Schroder viu seu nome estampado em todas as manchetes dos sites de notícias após o escândalo de assédio sexual envolvendo o ex-diretor de humor da emissora, Marcius Melhem, e a atriz e apresentadora Dani Calabresa.

De acordo com um relatório interno da emissora que esse colunista teve acesso exclusivo, o cronograma organizacional estipulava a saída do executivo do cargo na transição do ano de 2021 para 2022. O anúncio seria feito em dezembro e o cargo efetivamente entregue em janeiro de 2022.

Mas a má condução no caso e, principalmente a demora envolvendo as denúncias que a atriz vinha fazendo ao núcleo responsável na emissora, terminaram derrubando dois caciques lá dentro: o próprio executivo, quem tinha total poder sobre decisão nesses departamentos, e Monica Albuquerque, outra importante executiva da TV Globo envolvida na apuração do escândalo.

Toda repercussão chegou na mesa dos Marinhos – expressão usada para falar quando um assunto é levado à mesa do núcleo presidencial da emissora e compartilhada com os demais conselheiros. Após algumas reuniões recentes avaliando a repercussão do caso, a cúpula decidiu antecipar o desligamento de Schroder.

Para Mônica foi oferecido um novo cargo, uma vez que vão remodelar todo o núcleo que cuidava dessa parte, após inúmeras falhas institucionais que estão sendo levadas em consideração pela empresa após a repercussão negativa do caso, além das consequências morais e materiais sofridas pela Dani Calabresa. Mas a executiva não aceitou e preferiu se desligar do cargo. Internamente fontes garantem que a relação dos dois com parte do núcleo de atores ficou inviável após as acusações internas de negligência e intenção de abafar o caso.